segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cia Livre lança livro Caderno Livre Nóz Raptada pelo Raio


Cia Livre lança livro Caderno Livre Nóz Raptada pelo Raio - 18/05/11

em http://www.jornow.com.br/jornow/noticia.php?idempresa=1573&num_release=42699&ori=P

Cia Livre lança livro Caderno Livre Nóz Raptada pelo Raio

A edição da obra é um registro do processo de criação da peça que termina temporada
no mesmo dia em que a publicação é lançada, 29 de maio, na Casa Livre. O grupo já trabalha no próximo espetáculo, Édipo & Anti-Édipo

A Cia Livre, dirigida por Cibele Forjaz, lança o livro Caderno Livre Noz – Raptada Pelo Raio dia 29 de maio, domingo, na Casa Livre. O evento coincide com o término da temporada da peça Raptado pelo Raio 2.0, na Casa Livre, sede da Cia. A publicação integra a coleção Caderno Livre - Nóz, volume 2, tem 210 páginas e organização de Lúcia Romano e Pedro Cesarino, com textos dos integrantes da Cia Livre e de convidados.

A publicação do livro Caderno Livre Noz – Raptada Pelo Raio envolveu toda a equipe de criação da Cia Livre na reflexão sobre o processo de trabalho que culminou na peça, que estreou em maio de 2009. De acordo com Lúcia Romano, atriz da Cia Livre, “a proposta da edição do livro foi estimular os artistas-pesquisadores do grupo a criarem textos: memoriais do processo, de caráter mais histórico, enumerando eventos em sua sucessão linear (como um registro do cotidiano de trabalho e da evolução temporal do processo) e impressões sobre aspectos determinados dessa experiência”.

A liberdade desfrutada por todos para essa escrita inicial foi, então, estruturada num índice geral, que inspirou novas reformulações nos textos, na tentativa de oferecer ao leitor tanto a percepção do processo, quanto das diversas vozes que caracterizam a maneira de construção dos espetáculos da Cia. Livre.

“Assim como no primeiro volume da série de cadernos da Cia Livre, a releitura do processo pela reflexão escrita mostrou-se poderosa aliada para a continuidade do processo de criação. O fato de olharmos para o que foi realizado alimentou o desejo de mantermos o espetáculo em transformação, retomando o desafio da sala de ensaios”, afirma Lúcia Romano.

Para a atriz, “evidenciou-se também o quanto, nos trabalhos que criamos, a finalização espetacular não é o momento máximo da criação, mas a maneira como ela se precipita, a partir do processo vivenciado. Desse modo, processo e obra adquirem valores semelhantes e o espectador ganha seu lugar de partícipe real, de fato responsável pela gestação infinda da obra teatral”.

Lúcia Romano conta que os temas e experiências vão se somando no decorrer dos ensaios e as soluções encontradas para a criação vão emergindo da troca incessante entre os criadores, sem que se possa mencionar ao certo seu autor ou sagrar seu momento exato de surgimento.

Ao lado dos textos, as imagens também traduzem um relato expressivo do trabalho, além de serem o testemunho de outros artistas que acompanharam os ensaios. “Nossos parceiros constantes, os fotógrafos que registraram o processo, souberam somar suas vozes à essa polifonia.”

Para uma das organizadores da obra, “a finalização do caderno abre agora outra frente para o trabalho, no diálogo com os leitores, já conhecedores do espetáculo nas temporadas anteriores, ou artistas e pesquisadores que terão seu primeiro contato com a peça a partir do registro em papel. Desse modo, a perspectiva de Raptada Pelo Raio amplia-se e torna-se mais democrática, construindo outras teias de comunicação e inspiração”.

A peça Raptada pelo Raio é uma livre recriação do mito Kaná Kawã (mito-canto do povo Marubo). Marcado pelo lirismo e pela tradição oral, conta uma história de amor e morte. Um Homem passa por diversas regiões do universo (povo nuvem, povo podre, povo violência, povo água e gente cegueira, entre outros) na tentativa de resgatar sua mulher, Maya, raptada pelo raio. Termina por deparar com os limites impostos por sua própria condição humana, remetendo ao conhecido mito grego de Orfeu e Eurídice. Temas como a separação entre vivos e mortos, os limites do amor e a impossibilidade do encontro são tratados numa linguagem dinâmica, em que atores-narradores misturam-se às personagens, revezando-se entre os registros épicos, líricos e dramáticos.

A Cia. Livre tem como proposta reunir um grupo de artistas que possam revezar-se nas diversas funções criativas, de acordo com o projeto proposto. Sua origem foi o Estudo Público das Tragédias Cariocas de Nelson Rodrigues (1999), de onde surgiram as montagens: Toda Nudez Será Castigada! (2000/02) e Os 7 Gatinhos (2000/01). Dando continuidade aos trabalhos da Cia. Livre, em 2002 é dirigido por Cibele Forjaz Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, enquanto Gustavo Machado escreve e dirige Pagarás Com Tua Alma (2000/04) e De Quatro (2004/07). Vadim Nikitin escreve e dirige O Nome da Peça depende da Lua (2004) e Dostoiévski (ou 3497 Rublos e Meio), em 2005.

Em 2004, a Cia. Livre ocupou o Teatro de Arena com dois projetos que dialogam com a história do teatro: O projeto Arena Conta Arena 50 Anos, sob direção geral de Isabel Teixeira (um resgate, através de Depoimentos, palestras e leituras dramáticas, das memórias do Teatro de Arena, nascedouro do teatro de grupo paulista), e a montagem de Arena Conta Danton, livre recriação de A Morte de Danton, de Georg Büchner, com dramaturgia de Fernando Bonassi em processo colaborativo com a Cia. Livre. O projeto Arena Conta Arena 50 Anos virou uma exposição no Instituto Tomie Ohtake, permanecendo três meses em cartaz. No hall e nas três salas ocupadas do Instituto, levando ao público uma experiência teatral fora das salas de teatro. Arena Conta Danton viajou por várias cidades e para além das fronteiras brasileiras, em Berlim, na Copa da Cultura de 2006.

Em 2008, a Cia. mergulha no universo ameríndio e encena VemVai – O Caminho dos Mortos, recebendo o Prêmio Shell de direção (Cibele Forjaz) e atriz (Lúcia Romano). O espetáculo inaugura, em 2009, a Casa Livre, sede do grupo, localizada na Barra Funda. Em 2009, estreia a primeira versão de Raptada Pelo Raio. Em 2010, realiza o Projeto CIA LIVRE DEZ ANOS, no TUSP, que teve leituras encenadas, mesas- redondas, palestras e encontros de improvisação, em comemoração ao aniversário de dez anos do grupo. Inquieta, a Cia. Livre já iniciou a pesquisa de seu novo projeto, África-Brasil: Mestiçagem, com o patrocínio da Petrobrás, que tem estreia prevista para 2011

Serviço
Lançamento do livro - Caderno Livre Noz – Raptada Pelo Raio. Dia 29 de maio, domingo, na Casa Livre – após sessão da peça Raptada pelo Raio 2.0. R. Pirineus, 107 – Barra Funda (travessa da Av. São João / Próximo do metrô Marechal Deodoro), Tel. 32576652 / 64309916. Coleção: Caderno Livre- Nóz, v. 2. Organização: Lúcia Romano e Pedro Cesarino. Textos: Cia Livre e convidados. Dados da edição: 2011; São Paulo-SP. Número de Páginas: 210p. ISBN: 978-85-61343-04-0

Cia Livre – Informação sobre o Livro
Lucia Romano – 3675-1628 e 9345-4824

Atendimento à Imprensa -
FERNANDA TEIXEIRA -
Arteplural Comunicação
www.artepluralweb.com.br
11.3885-3671/ 9948-5355

lançamento do caderno

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