domingo, 30 de maio de 2010
Nas livrarias: O Teatro do Corpo Manifesto, Teatro Físico
Dá para encontrar o livro nas livrarias, ou pelo site da Editora Perspectiva, no endereço http://www.editoraperspectiva.com.br/livro.php?cod=763
O texto abaixo aparece no site.
O Teatro do Corpo Manifesto, Teatro Físico
Teatralidade e corporeidade misturam-se, dando ensejo a um novo fazer teatral, a uma nova forma de expressão artística e que traz consigo uma nova visualidade e um novo entendimento: o Teatro Físico. Este livro busca acompanhar o desenvolvimento do Teatro Físico.
A prospecção histórica principia no surgimento do conceito, cujo ponto "germinal" é a junção entre teatralidade e corporeidade, explicitada no próprio termo que designa esse modo de fazer teatral. Aspectos da institucionalização do Teatro Físico são considerados, observando sua relação com a sociedade e com a cultura do teatro e da dança – em especial, tendo em vista diferenças e semelhanças entre o Teatro Físico e a Dança-Teatro –, a fim de estabelecer as particularidades de suas propostas. Aspectos educacionais (formais ou não) do Teatro Físico são discutidos a seguir, com destaque para a importância da pedagogia de Philippe Gaulier, Jacques Lecoq e Monika Pagneux. O "estado atual" do Teatro Físico é explorado, tendo por base sua presença nos festivais de teatro e sua influência nos cursos de formação em teatro, inclusive na Academia. O livro inclui, ainda, a descrição dos grupos de maior destaque no cenário mundial e nacional, formando um panorama da prática dessa nova modalidade de expressão na atualidade e trazendo, por fim, a relação entre corpo, conhecimento e cultura, no processo de comunicação estabelecido por esse modo de fazer teatral.
sobre o livro
Assunto: teatro
Coleção: debates 301
formato: 11,5x20,5 cm
páginas: 256
acabamento: brochura
edição: 1ª 2008 - 1ª reimpressão
peso: 236 g
ISBN: 9788527307154
preço: R$ 40.00
Programa TUSP de Leituras Públicas - A Explosão do Feminino
Outro encontro no TUSP, em 01/04/2010.
Segue o texto do TUSP e o link (http://tusp.blogspot.com/)
Em 01/04 tivemos aqui no TUSP a abertura do novo Ciclo do Programa TUSP de Leituras Públicas. Essa nova fase da atividade propõe a leitura pública de textos teatrais que, em momentos históricos distintos, colocam o feminino ou a mulher como elemento de ruptura.
Celebrando esse novo ciclo recebemos a atriz Lucia Romano que realizou uma palestra sobre o tema central das leituras - a explosão do feminino.
As leituras continuam acontecendo até o dia 27/05, aqui no TUSP sempre às quintas-feiras a partir das 15h.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
III Ciclo de Leituras Públicas - A Explosão do Feminino
01/04 - Abertura - com Lucia Romano
08/04- Eurípides - Medéia (431 a.C.)
15/04 - William Shakespeare - Macbeth (1601)
22/04 - Henrik Ibsen - Casa de Bonecas (1897)
29/04 - Bertolt Brecht - A Mãe Coragem (1939)
06/05 - Eugene O'Neill - Longa Jornada Noite Adentro (1941)
13/05 - Samuel Beckett - Dias Felizes (1961)
20/05 - Heiner Müller - Medeamaterial (1982)
27/05 - Encerramento - com exibição comentada do vídeo Medeamaterial, na encenação de Anatoli Vassiliev
encontro no TUSP - debate - e agora, nora?
Nas fotos, o registro do encontro realizado no TUSP, um debate informal entre atrizes do Grupo Atuadoras (Daniele Ricieri), Kiwi de Teatro (Renata Azevedo), Bartholomeu (Roberta Estrela D'Alva), Cia Livre e Barca de Dionisos (Lúcia Romano), além do público presente ao espetáculo de Joana Dória, Sofia Boito e Júlia Novaes. O mote da conversa foi a questão do feminino no teatro, a partir das proposições do grupo para a releitura do texto de Ibsen.
O resumo abaixo foi postado por TEATRO DA USP às 08:55. Link: http://tusp.blogspot.com/2009/11/debate-e-agora-nora.html
Aconteceu no último dia 26 de novembro (de 2009), na Sala Experimental Plínio Marcos do TUSP, o debate Mulheres na Arte, proposto pela Cia. Temporária de Investigação Cênica, em que participaram como convidadas debatedoras Lúcia Romano da Cia Livre, Daniele Ricieri do grupo As Atuadoras, Renata Azevedo da Companhia Kiwi de Teatro e Roberta Estrela D'alva do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.
O debate aconteceu após a apresentação da peça "E Agora, Nora?!", que investiga o papel que a mulher quer representar na contemporaneidade, a partir de experiências com o corpo, com a palavra e com o texto Casa de Bonecas, do autor norueguês Henrik Ibsen, mote dramático da investigação cênica do grupo. As atrizes do espetáculo Joana Dória, Sofia Boito e Júlia Novaes também participaram do debate que se iniciou a partir de perguntas sobre a tessitura e as reverberações do espetáculo, que apresenta questões sobre a mulher e a sociedade.
Dentro de um linguagem comum a todas as participantes, o feminino e o teatro, cada atriz representando o seu grupo, anunciou uma busca pelo distanciamento artístico, político, pessoal de conceitos limitadores acerca do feminino e do feminisno.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
outras imagens de O IDIOTA
um workshop incrível, pelo Cabula 6
Achei esse workshop incrível. O trabalho do Grupo Cabula 6 está em http://www.cabula6.com/. Mas vamos às palavras deles, sobre "THE GAME". Currículo deles, no final do texto.
The Game
are you ready to admit that you are an artist but you are not free?
are you ready to realise that there is nowhere to run?
are you ready to cheat your way around and out of…
THE GAME!? of production, promotion, presentation, interpretation...
recognise it!
reorganise it!
subvert, pervert, corrupt what you can not escape!
learn how to do work (instead of make work)
learn how to make time (instead of keep time)
learn how to keep what you can not earn
learn how to move, again
stay in between,
keep staying in between,
always in between arriving and departing
dance the system, play the game with us.
We have one week to figure out the game (of production, promotion, presentation, interpretation). Understand its rules and devise strategies for playing around those rules from inside and outside (i.e. manipulating the rules or breaking away from them) using all the necessary tools of cheating, seducing, inventing, etc...
The game (of production, promotion, presentation, interpretation) moves in concentric circles. It begins with the individuals who walk through the door, then moves on to the group they form, then the Coaching Project itself, then the festival then...well, the world. And once we have figured out the game (of production, promotion, presentation, interpretation), we can begin to play...or perhaps by playing it we figure out the game (of production, promotion, presentation, interpretation).
This Coaching Prohect takes as its focus the moment of encounter which itself is called “The Workshop.” What is each of us doing in this room? Why did we come here? What do we expect to happen or expect to gain? What does the festival expect of the workshop? Will we deliver? Are we going to be discovered? Be famous? Are we going to have an emotional breakthrough? Are we going to learn something? Beat someone? Find a lover? Experience a moment of beauty? Get drunk and wake up in places we never knew before? Are we going revel in the cult of personality at the centre of the festival or subsume our identities into the collective?
Our aim is to identify some of the Game(s) we are implicated in and locked into and then to open them into PLAY. At which point subversion and the principle of the trickster emerge and we begin to skate a very fine line between two extreme poles - the utopian notion of freedom on the one hand and the pragmatic practice of being “beyond the law” on the other.
This margin of manoeuvrability oscillates between the enlightened monk and the snake-oil salesman. And we will find ourselves somewhere in between attempting to release the spirit of Play out of the structure of the Game, while not totally abandoning a game we are locked into.
So what are we going to do in that room? This depends on the rules of the game we are going to uncover/stage as our starting point and the strategies that we are going to devise so that we can dance playfully around the rules of the game.
The Workshop might end in a public presentation. It might not. It depends on how we decide to play it.
Background
The difference between "the structure of a game" and "a spirit of play" point to the central dramaturgical problem of time critical both for a practice of performance and the performance of any social practice relevant in today’s globalised world. By focusing our attention toward this difference: between the time of game/structure and the time of play/spirit, we are in one and the same gesture examining artistic methodology and questioning political responsibility stemming from it.
With this in mind, we would like to facilitate a workshop environment conductive for a discursive and practical examination of a following set of assumptions:
1. In dramaturgical terms, time of the play and time of the game, although related to one another are essentially different.
2. Time of play has primary/originating value and time of a game has a secondary/emergent value.
3. In play we are inhabiting the spirit of time.
4. In a game we are performing the structure of time.
5. Spirit of time as it is embodied in play is an indeterminate, creative force.
6. Structure of time as it is disclosed in a game is a deterministic, conservative force.
7. Any game structure that is not emerging from a spirit of the play is a potential source of social, political and economic manipulation.
8. Any game structure that is performed in a spirit of a play is potentially subversive to a degree to which it creatively transcends its own fixed parameters.
What you will "get" from the Coaching Project
ImPulsTanz encouraged us to add a paragraph here at the end to explain what you will concretely "get" from this workshop. They explained that otherwise what we have written so far is too vague and that you might just pass over it and go on to the next workshop. Well, the pragmatists in us have wrestled with our inner idealists and while it might be against our better judgement, we accept the nature of this particular Game, so here you go:
In this workshop we will investigate strategies for how to subvert and invert the power of relationships into which we are locked while creating works of art. We will investigate the nature of:
- play (as a strategic tool)
- subterfuge (from the latin "subterfugere", to escape or evade or more precisely "to flee beneath")
- subversion (attempts to overthrow structures of authority)
- and creative/personal freedom in the face of the practical demands of the market place
We will offer you possibilities for understanding who you are, where you are and how to deal with all the contradictions.
We will enter the nexus between you as an artist and the festival you are taking part in and look for means of authentic expression emerging from this space.
We may or may not perform something publicly by the end of it all.
One way or the other, it might be a lot of fun.
Jeremy Xido
Originally from Detroit, graduated cum laude in Painting and Comparative Literature from Columbia University in New York and trained at the Actors Studio. Since 2003 he has been the artistic co-director of the performance and film company CABULA6, voted “company of the year 2009” by Europe’s most prestigious performance magazine, Ballettanz. CABULA6 have produced and presented stage and film work all over the world. In 2006 he directed the six part CRIME EUROPE documentary series and in 2007 the short documentary MACONDO about a refugee settlement on the outskirts of Vienna, in addition to several short fiction films. He is known in Europe as a performance artist with a unique artistic voice and approach to stage and film, blending emotionally gripping personal stories with the larger social contexts within which they emerge. Working as a dancer, actor and filmmaker, he has performed and presented work around the world on stage, TV and in Cinema.
Igor Dobricic
Igor Dobricic, studied dramaturgy at the Academy of Dramatic Arts in Belgrade, (former) Yugoslavia. Between 1995, and 1999 he worked as a dramaturge for the Belgrade International Theatre Festival (BITEF). From 1999 onwards he is living and working in Amsterdam. Between 2000 and 2004 he was a student of DasArts. Until December 2008 he was holding a position of the programme officer for the arts at the European Cultural Foundation. In that role he initiated the ALMOSTREAL project platform (www.almostreal.org). He is regularly collaborating as a dramaturge with a number of choreographers /theatre- & dance makers (Nicole Beutler, Diego Gil, Keren Levi, Katrina Brown, a.o). For the last three years he has been teaching concept development to students of the Amsterdam School for New Dance (SNDO). As a research fellow with the Amsterdam School of the Arts, Igor is realising a long-term research project called “Table Talks”.
His professional interests lie in the exploration of parameters of performative action in-between different fixed production contexts (theatre and visual arts, professional and non-professional status, individual and group work, aesthetics and ethics).
O IDIOTA, por Rafael Gomes
O texto abaixo foi escrito pelo Rafael Gomes, em seu blog,
http://rafaelgomes.blogspot.com/2010/05/os-muitos-teatros-de-o-idiota.html
De tão bonito, peço a liberdade de reproduzir.
Os muitos teatros de O Idiota
há muitas teatralidades presentes em O Idiota - ou, antes, muitos teatros.
na chegada, há o singelo, o sussurro, o acolhimento de várias pequenas moradias, atores em mais de um sentido nus vestindo-se de personagens com poucos aparatos e muita delicadeza.
num trem que atravessa mundos, há a imediata instituição de um sentimento épico, platéia feita cenário e o encontro dos corpos potencializando a cena.
não tarda para a música mostrar que não está para a brincadeira - este Idiota é também um musical.
trem vira palco e os brincos de Nastássia Filípovna, esmeraldas verdes translumbrantes na escuridão de todo um universo, são a mais preciosa e sutil indicação de que este é um espaço - e um teatro - construído(s) por luz.
é de uma encenação maiúscula que se trata, expansiva, espalhada, fragmentada na ocupação de múltiplos focos para o olhar, vistos sob muitos pontos de vista diferentes. na soma dos sentidos de todos que o testemunham, é um teatro cubista.
mas o trem chega e há movimento. platéia de pé, vagando. a cena assume de vez sua itinerância.
na casa da mãe, somos um corredor, teatro-passagem. a fábula é narrada por um e enfeitada por muitos - teatro coral.
na casa do pai, somos um amontoado de platéia e a cena em andaimes expõe sua mais crua estrutura ilusionista. é um teatro-estádio onde os atores estão nas arquibancadas.
a música nunca para. há um piano em cena, afinal.
na casa da dama, um salão de festas de tijolos aparentes e um largo semi-círculo. taças de champagne e uma fogueira, um teatro do desfrute. no drama, limite.
em Luah Guimarãez, o teatro da exuberância.
antes da segunda parte, uma retrospectiva que nem séries americanas fariam melhor (previously on The Idiot...). um teatro de pontuações e sínteses.
na casa do irmão, o trem virou lago. na água, em mais e maiores andaimes, um teatro de sensações físicas.
no drama, a exaltação. surge a besta do apocalipse e com ela um certo teatro do caos, do transtorno.
na casa do cavaleiro pobre, encontros. em Fredy Allan, o afeto. em Silvio Restiffe, o teatro da energia represada. em Luís Mármora, uma morte de profundos desalentos.
no banco verde, cenas em mútliplas camadas e um teatro do deslumbre.
com o vaso chinês, o teatro do teatro da vida, do teatro ele mesmo, do teatro interior.
em Sylvia Prado, a autoridade sem perder a ternura. a musicalidade.
no quarteto, a beleza do teatro em um auge difícil de ser alcançado. forma e conteúdo, drama e encenação - teatro de constrição, de concisão, de puro maravilhamento.
por todos os cenários, Lúcia Romano e o doce veneno da verdade.
na casa da morte, um teatro de sombras. em Sergio Siviero, a loucura.
na ressurreição, tudo ao mesmo tempo agora. o teatro feito ritual, celebração, densa e transbordante humanidade.
em três jornadas de 7 horas, o teatro do domínio, do propósito, do conteúdo tanto quanto da forma, da comunicação.
na direção, na iluminação, na cenografia, na adaptação, no elenco, na música, nos figurinos, no trabalho de todos os envolvidos, uma arte maior, insubstituível, séria, profunda, justa.
que significa, ressignifica, alimenta e preenche. para isso estamos aqui, afinal.
RAPTADA PELO RAIO em Recife
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